Em um cenário no qual há um aumento no número de cibercrimes no Brasil, principalmente após a pandemia do novo coronavírus, no qual houve um aumento exponencial (mais de 300%) neste tipo de ação, torna-se fundamental investir em ações de proteção para sua empresa.
A análise de vulnerabilidade tem um papel fundamental: isso porque ela permite identificar quais são os possíveis riscos e saber como responder na ocorrência de um problema, evitando ao máximo as consequências que podem advir dessas situações, podendo gerar não só prejuízos, mas sanções segundo a LGPD.
Ela diz respeito a um processo sistêmico de identificação das vulnerabilidades existentes, permitindo que os responsáveis na área de TI possam criar formas de prevenir-se de problemas que podem colocar a empresa em xeque.
Vou mostrar como ela pode ser implementada nas empresas e tirar suas principais dúvidas sobre o tema. Boa leitura
Identifique os ativos de TI
Quais são os principais ativos de TI presentes em seu negócio e que podem representar riscos de vulnerabilidade em seu negócio? Sem ter total consciência sobre isso, é possível alguns dispositivos, que permitam brechas de acesso por parte de cibercriminosos e de problemas de desastres tecnológicos, fiquem fora da análise.
Assim, faça um levantamento sistêmico de todos os ativos. Isso perpassa para além dos equipamentos físicos. Por exemplo, os ativos envolvidos da empresa podem ser:
- pessoas;
- informações;
- atividades;
- instalações, entre outros.
A partir disso, é possível analisar o que pode expor as vulnerabilidades de cada um dos ativos anteriores e, assim, poder seguir com as próximas etapas, como mostrarei a seguir.
Realize testes de invasão
Para entender como os sistemas utilizados na sua empresa respondem a possíveis ataques, uma forma essencial é realizar testes de invasão. Por meio de ferramentas específicas de cibersegurança para este fim, são realizadas intrusões específicas, que não causem danos reais, para compreender quais são os espaços em que pode ocorrer algum tipo de problema desta natureza.
É importante, para este fim, escolher a ferramenta de teste de invasão correta, que abarque o maior número de possibilidades de problema possíveis e que seja confiável. Aqui eu falei tudo que você precisa saber sobre o Pentest.
Avalie os riscos
Hierarquize os riscos aos quais a sua empresa está submetida. Isso é importante para definir a ordem de prioridade para a próxima etapa. De que forma as vulnerabilidades encontradas na primeira etapa podem prejudicar a organização? Com isso, é possível hierarquizar e definir quais deles devem ser olhados prioritariamente e quais podem receber um olhar mais atento posteriormente.
Assim, será necessário realizar uma classificação de riscos, considerando grau de criticidade e justificativa de investimento. Afinal, sabemos que, muitas vezes, não é possível investir valores para todas as resoluções de risco de imediato. A avaliação e hierarquização, assim, demonstra quais são os pontos mais importantes que merecem atenção por parte dos diretores de forma imediata.
Nesse ponto é que as soluções são definidas, apontando métodos de tratamento dos riscos. Por isso, é uma fase crítica e que merece atenção de todos os envolvidos no processo.
Faça o tratamento dos riscos
A partir dos pontos anteriores, é o momento de realizar o tratamento dos riscos. Os responsáveis por segurança da informação aplicarão os protocolos e ações necessárias para que seja possível minimizar as ocorrências de problemas.
Por exemplo, se há um risco alto de ataques de negação de serviço, os responsáveis tomarão medidas para realizar escalabilidade do tráfego e, assim, evitar a queda do serviço em uma situação DDoS.
Desenvolva políticas de segurança
Todo negócio precisa ter políticas de segurança claras e específicas para que seja possível adotar medidas que protejam seu negócio. Essa é uma forma de sistematização das ações, realizada por todos, para que possam agir de forma preventiva e, assim, evitar que as vulnerabilidades se concretizem.
É o caso, por exemplo, de ações proibitivas para uso de sites que possam colocar em risco, com a entrada de malwares. Ao criar uma blacklist e inclui-la nas políticas de segurança, minimiza-se as chances de ocorrências de problemas futuros.
Tenha planos de contingência consistentes
Como falei anteriormente, a análise de vulnerabilidade tem um papel importante em preparar os colaboradores sobre como agir em caso de problemas, de forma eficiente, minimizando os possíveis danos que podem ocorrer.
O plano de contingência, assim, é um complemento importante para a análise de vulnerabilidade. Por meio dele, é possível estabelecer um passo a passo sobre o que deve ser verificado e os procedimentos a serem estabelecidos diante de um ciberataque, por exemplo.
Isso permite maior precisão nas ações realizadas, de forma a reduzir potenciais prejuízos e não potencializar vulnerabilidades. Por exemplo, diante de um ataque DDoS, pode-se abrir uma brecha para uma ação de ransomware. O primeiro pode ser uma cortina de fumaça para ações com maior potencial lesivo e, assim, erros cometidos neste processo podem facilitar a ação dos hackers.
Treine os colaboradores
Realizou todos os procedimentos anteriores? O momento é, portanto, de treinar os colaboradores para agirem de acordo com o que foi estabelecido anteriormente. O treinamento, assim, deve ter o papel de alinhar as medidas e, assim, minimizar possíveis brechas e discrepâncias nas ações entre os envolvidos.
Por exemplo, dois especialistas em cibersegurança na empresa podem pensar em formas diferentes de responder ao mesmo problema. Isso gera uma quebra de padronização internamente, que pode ser prejudicial.
Além disso, um colaborador leigo nessa área, diante de uma situação de vulnerabilidade, pode realizar ações que mais potencializem o problema do que auxiliam a resolução. O treinamento, assim, oferece subsídios para que todos possam agir de forma consciente e responsável, garantindo o retorno do funcionamento das atividades der forma segura.
Além de tudo que falei, alguns erros comuns neste processo podem continuar permitindo a ocorrência do problema. São eles:
- analisar os ativos apenas pelo lado da infraestrutura, esquecendo o componente humano no processo;
- usos equivocados de hardware;
- não realizar os testes de invasão;
- não contar com as ferramentas específicas;
- não criar uma política de segurança sólida e consistente;
- negligenciar o plano de contingência.
Para auxiliá-lo no processo de análise de vulnerabilidades e minimizar as chances de problemas, confira como a GD Solutions pode auxiliá-lo neste processo. Entre em contato e tire suas dúvidas sobre o tema.