Todos os anos, o volume de dados manipulados e armazenados no mundo aumenta. Isso é bastante compreensível, afinal, as ferramentas de análise de banco de dados tiveram uma grande evolução e são capazes de entregar informações estratégicas para os gestores. No entanto, vários negócios já começaram a sentir a necessidade de manter uma infraestrutura robusta. É aí que entra a hiperconvergência.
Já imaginou como seria mais fácil se os inúmeros processos do setor de TI (Tecnologia da Informação) fossem concentrados em um só local? A hiperconvergência é capaz de entregar isso, ao mudar completamente o paradigma dos data centers depois do advento da Cloud Computing (Computação na Nuvem). Onerosos e de manutenção bem complexa, já não eram considerados os melhores modelos para a estratégia de TI de empresas mundo afora.
A previsão, segundo o Gartner, é de que aproximadamente 20% dos aplicativos críticos para as empresas atualmente implantados em infraestrutura de TI realizem a transição para uma infraestrutura hiperconvergente. Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura deste texto!
O que é hiperconvergência?
HCI (Hyper-Converged Infrastructure, ou Infraestrutura Hiperconvergente) é um modelo de data center que sugere a integração de todos os seus componentes. Os convencionais operam com silos totalmente separados, enquanto a Infraestrutura Hiperconvergente une tecnologias de computação, armazenamento, virtualização em servidores e serviços de rede.
O propósito da HCI é permitir que a gestão dos componentes seja executada de modo centralizado. Isso quer dizer que os serviços que na infraestrutura convencional eram fornecidos por hardwares específicos, começam a ser entregues a partir de uma camada de software completamente integrada ao hypervisor de virtualização.
Para um eficiente desempenho, é fundamental que a Infraestrutura Hiperconvergente seja padronizada e atualizada de modo a otimizar os serviços em qualquer localização, tanto dentro quanto fora da empresa, garantindo a agilidade necessária para manter a saúde dos negócios em dia. Consequentemente, as vantagens vão aparecer de forma mais rápida.
Como ela funciona?
De maneira bem sucinta, podemos dizer que a hiperconvergência une a tecnologia de Defined Storage (que transforma servidores tradicionais em storages) com o hipervisor, que diz respeito ao software que tem a responsabilidade de virtualizar a computação e todas as funções de rede.
O resultado de todo esse processo é uma caixa que serve para virtualizar os recursos de computação e redes (interfaces de rede, CPU, memória etc.), além de armazenar os dados, substituindo os storages.
A partir de então, diversos nós podem ser adicionados, arquitetando um cluster para entregar um “pool” de recursos que possibilita armazenar e processar dados e sistemas de modo compartilhado.
A utilização de um hardware intercambiável, sem precisar ser de apenas um fornecedor, permite projetar uma infraestrutura bem mais barata, flexível e simples de ser gerenciada.
Quais são os seus principais benefícios?
Assegura ganhos com a automação
A automação é um benefício muito importante da hiperconvergência. Graças à simplicidade de gestão, os profissionais de Tecnologia da Informação não têm que se preocupar em construir estruturas automatizadas que envolvam hardwares de diferentes fabricantes, tipos e tecnologias.
Ou seja, o time de TI não tem mais que elaborar ilhas de recursos somente para atender às necessidades de saída e de entrada para cada aplicação específica. Isso porque o próprio ambiente acaba lidando com todas as atribuições de capacidades de processamento e de armazenamento, permitindo que os profissionais tenham mais tempo livre para que possam se concentrar no desenvolvimento das aplicações.
Aumenta a segurança dos sistemas e dos dados
Em um data center convencional, a proteção das informações pode ser complexa e cara de ser implementada. Por sua vez, em um ambiente hiperconvergente, o backup e a recuperação de grandes desastres podem fazer parte da infraestrutura desde o começo, por causa da existência de diversos nós independentes. Dessa forma, um pode servir de redundância para o outro, sendo totalmente isolados.
Proporciona grandes economias para o negócio
A hiperconvergência utiliza um modelo de estrutura muito mais econômico, bem parecido com o dos provedores de nuvem pública, acabando com a necessidade de investimentos iniciais altos em compras de equipamentos sofisticados e em sustentação do crescimento contínuo.
Toda essa economia é possível pelo fato de a inteligência da tecnologia permanecer no software. Assim, pode-se usar hardwares de custo baixo — usualmente conhecido como commodity hardware —, possibilitando uma negociação bem melhor com os fabricantes, afinal de contas, é necessário pouco valor agregado no momento da aquisição. Isso permite escalonar o data center por etapas, conforme as demandas da empresa.
Permite maior integração
A integração de inúmeros componentes de TI em apenas um equipamento também resultam em mais integração entre equipes e setores dentro da organização. É possível assegurar que todos estejam completamente alinhados e falem a mesma língua, tendo os mesmo objetivos em mente.
Vale destacar que toda essa facilidade significa menos tempo para resolver problemas, contando com tudo à mão para fazer a gestão.
Garante uma implementação rápida
A dificuldade para fazer a atualização dos equipamentos é a principal adversidade enfrentada pelos data centers convencionais. Se essa ação for necessária, a organização precisará de componentes novos e terá que configurá-los novamente. Sem dúvida, esse é um processo demorado e que precisa de uma equipe de profissionais capacitados.
A hiperconvergência, por sua vez, tem a característica de ser plug and play. Isso quer dizer que ela oferece todo o suporte necessário após a sua implantação, instantaneamente. Assim, em caso de upgrade, a empresa não precisará aguardar o ajuste da infraestrutura, além de não ter seu desempenho prejudicado.
Quais cuidados tomar ao implantar uma infraestrutura hiperconvergente?
É importante deixar claro que a padronização é um fator imprescindível para o sucesso de uma infraestrutura hiperconvergente. Isso porque ela possibilita a compatibilização dos componentes, uma vez que eles usam hardware comum x86. Além disso, os serviços são fornecidos por meio de camadas de software integradas ao hypervisor.
Lembre-se de que uma camada de monitoramento da saúde de software e de hardware também faz parte da solução. A finalidade é assegurar que os problemas também sejam endereçados com eficiência e muita agilidade para a resolução.
Outro fator que precisa de atenção especial é em relação à automação de processos. Na lógica de integração e centralização dos componentes, é fundamental automatizar questões como a implantação de aplicativos e demais recursos.
Esses são pontos importantes e necessários para que a solução proposta não venha a sofrer com a mesma burocracia que os modelos convencionais. Nela, precisam se destacar a segurança, a flexibilidade e a escalabilidade das operações executadas.
Logo, para atingir esse objetivo, é essencial investir em monitoramento, padronização e integração de software e hardware. Isso não quer dizer que você precisa, obrigatoriamente, adotar apenas um fornecedor de sistemas — mas é essencial ter esses critérios em mente para não tornar o modelo muito complexo.
Como vimos, as soluções hiperconvergentes aparecem como uma grande evolução da infraestrutura convergente, visando gerar uma integração mais efetiva e otimizar cada vez mais a economia de custos com equipamentos. Com elas, você pode garantir um excelente desempenho, evitar o uso de grandes espaços para data centers e eliminar gargalos de comunicação.
Antes de implantá-la, lembre-se de que é importante e necessário planejar e levantar todas as necessidades que a empresa tem. Fazendo isso, você terá a certeza de que o processo será confiável e que o investimento digital compensará com ótimos resultados.
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